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abril 23, 2009

Mais Gente de Anadia

Zita Seabra
por FERNANDO MADAÍL 16 Junho 2007
Queria ser bailarina e acabou política.
'Foi Assim' é o título do livro em que Zita Seabra, ex-dirigente do PCP e actual parlamentar do PSD, irá contar a sua biografia. Até ao lançamento, a 5 de Julho, remeteu-se ao silêncio e nada se sabe acerca do teor da obra. O DN resolveu traçar-lhe o perfil. A sua vida terá sido assim?
Da coreografia elegante feita sobre a música de Villa-Lobos Bachianas Bra sileiras, na Academia de Bailado do Porto, então dirigida pelo basco Pirmin Treku, até à perigosa dança das falsas identidades, entre 1966 e 1974, virou-se uma página da vida que lhe moldou o futuro.
Aos 17 anos, Zita Maria de Seabra Roseiro, que andava em pontas desde os nove e tinha chegado a pisar o palco do Teatro S. João, abandonava o sonho de menina - ser bailarina. Abraçava, então, a utopia romântica de ser uma nova Mariana, a heroína desse romance proibido que uns amigos lhe tinham emprestado, Os Subterrâneos da Liberdade, em que Jorge Amado descreve, em três volumes, a história dos comunistas brasileiros.
Figura de proa do movimento comunista português nas últimas décadas - pela ortodoxia de que foi guardiã, pelo pioneirismo na crítica interna, por ter trocado o PCP pelo PSD -, Zita Seabra vai lançar um livro, no próximo dia 5 de Julho, a explicar Como Foi - o título da obra, de que apenas se sabe que tem 300 páginas e chancela da sua editora, a Alêtheia.
Mesmo que não tenha o recorte literário de Eça de Queirós ou de Bruce Chatwin, para citar dois dos escritores que aprecia, o livro pode revelar as suas conversas com Cunhal ou com Cavaco, mas dificilmente terá o mesmo impacto de O Nome das Coisas, que selou a sua cisão com o PCP. Nesse livro de 1988 avisava: "Ninguém busque, nestas páginas, escandalosas revelações sobre segredos partidários nem ataques ou vindictas pessoais." Agora, nada se sabe.
Mas quem é, afinal, esta mulher que, em Maio de 1988, quando foi entregar as chaves do Renault azul metalizado a que até então tinha direito, como membro da Comissão Política (em Novembro, seria expulsa do Comité Central e, em Janeiro de 1990, do partido), ouviu Cunhal dizer-lhe "nunca mais serás nada na vida"?
Quem é esta política que, contrariando o anátema do seu líder durante 23 anos, aceitou o cargo de coordenadora do Secretariado Nacional do Audiovisual (que se fundiu com o Instituto Português de Cinema, originando o Instituto Português de Artes Cinematográficas e Audiovisuais, de que seria a presidente), sendo fotografada a sorrir quando cumprimentava, em 1993, o (então) primeiro-ministro Cavaco Silva?
Quem é a deputada que se celebrizou na bancada comunista a defender, de forma entusiástica, a primeira lei de interrupção voluntária da gravidez e se pronunciou, embora de forma discreta, na bancada social-democrata, de que é vice-presidente, pelo "não" no último referendo?
Apreciadora de Mozart e de fado, a filha única do engenheiro Mário Ramos Carvalho Roseiro e da doméstica Zita Marques Moreira Seabra, que moravam em Sangalhos, foi nascer a Coimbra, a 25 de Maio de 1949, que era onde havia uma boa maternidade.
Aos dois anos, a família muda-se para Castelo Branco, mas quando a menina que pensou seguir Medicina entrou na primária passaram a viver no Porto. No Carolina Michaelis, a primeira tomada de posição daquela figura magra que seria eleita presidente da Comissão Pró-Associação dos Liceus do Porto foi manifestar-se contra a proibição de as alunas usarem calças. E, aos 15 anos, era aliciada para entrar no PCP.
Apenas com o 6.º ano (equivalente ao actual 10.º) concluído, entra na clandestinidade, com uma passagem de nove meses por Paris, em casa de Carlos Antunes (que iria fundar, em 1970, o PRP-BR), para despistar a polícia política. E, no entanto, Maria Helena Sá da Costa, como garantia o seu falso Bilhete de Identidade, ainda se alojou no Porto em casa de um ex-elemento da PIDE, de onde saiu ao receber um telegrama, enviado por um camarada, a dizer: "Tua mãe à morte."
Regressou de Coimbra, de onde tinha sido enviada a mensagem, vestida de negro e em lágrimas, como quem esteve num funeral, explicando que tinha de mudar de cidade, sem que o ex-pide percebesse que tinha alojado a controleira no Porto da Organização dos Estudantes do PCP - que iria originar a UEC (União dos Estudantes Comunistas).
Em casas sucessivas onde só se mantinha um poster com o poema de Cesário Verde "De Tarde" (o que começa com o verso "Naquele 'pic-nic' de burguesas"), tanto abria a porta na Páscoa a um padre que era irmão de Rosa Casaco (o pide que fotografava Salazar e chefiou a brigada que matou Humberto Delgado) na aldeia de Cete como se fazia passar por hospedeira da TAP em Lisboa.
Nesses anos de sombra, passou a odiar frango assado, que era o que lhe levavam quando tinha fome, e conheceu Carlos Brito, com quem esteve casada até 1986 e que é o pai das suas filhas Ana e Rita. Passaria a viver, depois, com o médico João Guimarães, com quem teve o filho Francisco.
O resto da história é mais conhecida. Ortodoxa comunista, como é recordada desde os tempos em que estava à frente da UEC, foi logo eleita para a Assembleia Constituinte e, depois, até 1987, seria deputada pelo PCP - regressaria ao Parlamento, em 2002, nas listas do PSD. Acerca das suas relações com o fraccionista Grupo dos Seis (Vital Moreira, Veiga de Oliveira, Silva Graça, Sousa Marques, Vítor Louro e Dulce Martins) e a Terceira Via (onde estavam figuras que ficaram, como Saramago, e outras que saíram, como Canotilho), as expulsões dos órgãos partidários - "caiu-me a alma aos pés", diria, anos mais tarde (DNA, 10/04/1999) - deve vir tudo explicado em Como Foi.
Nessa altura, sem nunca ter tido profissão fora do partido, foi convidada pelos fundadores da Quetzal, Maria da Piedade Ferreira e Rogério Petinga, a trabalhar com eles - no ano seguinte, ofereciam-lhe mesmo uma quota de 25% da sociedade. A leitora de Agatha Christie e Leão Tolstoi, Vergílio Ferreira e Maria Velho da Costa, quando a pequena editora foi comprada pela Bertrand, passou a ser directora comercial de ambas. E, em 2005, fundava a sua Alêtheia. Mas - foi repetindo em várias entrevistas - o seu grande sonho era mesmo ter sido bailarina.
Hemiciclo. Passou da esquerda, onde era uma famosa deputada do PCP, para a direita, onde é vice-presidente da bancada do PSD. "Não admito", diria ao Expresso (15/05/1993), "que uma pessoa (...) traga uma cruz às costas só por ter pertencido ao PCP".
Ortodoxa. "Dissidentes [na URSS]? Quais dissidentes? Fascistas como o Soljenitsin, que apoiam o Chile de Pinochet?" Numa entrevista ao DN (24/11/1979) era assim que via o mundo, estava ainda Brejnev no poder em Moscovo. Antigos camaradas do Comité Central, sob a capa do anonimato, confidenciavam ao Expresso (22/05/1993) que Zita tinha sido uma "estalinista de aparelho, fundamentalista, excessiva e primária" e que, ainda nos tempos da UEC, só promovia os "puros e duros como ela".

Gente de Anadia

O VELHO CAVALO QUE VOLTA À CORRIDA
por
FERNANDA CÂNCIO 07 Março 2009

Vital Moreira. Diz-se 'freelancer': do PS como, assegura, foi do PCP onde chegou a desafiar Cunhal a abandonar a direcção antes de sair ele próprio, em 1990. Jurista, político e opinador, mantém quase secretas as suas outras vidas: o amor da fotografia, da literatura e da música e, dizem amigos, do vinho
Brilhante, arrogante, distante. E o resto? "Uma armadura", diz um amigo
"Ele não tem nada a ganhar, só tem a perder". A apreciação sobre o cabeça de lista do PS às eleições europeias vem de José Miguel Júdice, do outro lado da barricada ideológica coimbrã dos anos 60, quando a academia se ergueu contra o regime. "Não só porque é evidente que o ordenado de um mês como eurodeputado ele ganhava num só parecer, como porque vai ser enxovalhado. É o que sucede a quem se mete na política. Podia estar tranquilamente a ganhar dinheiro e a ter fins de semana e vai para aquilo... Fiquei surpreendido. Coloco-me no lugar dele, se alguém me convidasse eu não aceitava. É um acto de grande generosidade."
Apesar de se terem conhecido "no meio de polémicas violentíssimas", é alguém que Júdice garante "respeitar muito". "Eu era o líder da direita estudantil e ele era um dos líderes da esquerda. Estávamos de relações cortadas e fui trabalhar com ele na cadeira de Direito Corporativo - curioso, que o regime permitisse a um comunista ser regente de uma cadeira daquelas - sem nos falarmos." Vital, que só se filiaria no PCP em 1974, havia de ser expulso da Universidade em 1969, era já assistente, pelo então ministro da Educação José Hermano Saraiva, e reintegrado por Veiga Simão um ano depois, graças ao concurso de Afonso Queiró, director da faculdade e destacado líder da Acção Nacional Popular (o partido do regime) a quem agradece a carreira académica. Júdice saiu de Coimbra depois de 1974 ("Senti que fui lá maltratado") e não voltaram encontrar-se senão muitos anos depois, quando o advogado e empresário tinha já "feito o hotel da Quinta das Lágrimas". "Tão bonito o que fizeste", disse-me ele, "É tão bom passear lá com o vento a bater nos canaviais". Não ficaram propriamente amigos, mas há afecto na voz do advogado. "É uma pessoa muito sincera, com o coração ao pé da boca. E tem uma grande qualidade que também creio ter - o de não ter medo de ir à luta por aquilo em que acredita. Deixou o PCP, por exemplo, que é uma coisa terrível, sucedeu com o meu pai, o nome nunca mais é pronunciado... E é um homem muito emocional."
Muito emocional, Vital Moreira? Dir-se-ia o contrário. A imagem é a de um sobranceiro professor, de resposta sibilina e ironia subtil, o rosto fixado num semi sorriso. Arrogante, vaidoso, de uma insuportável presunção de sapiência, dizem os menos apreciadores, frio e distante, dizem os menos próximos. Não simpático, decerto, mesmo se todos, mesmo os supostos inimigos, lhe reconhecem o brilho: fantástico orador, com a "necessária demagogia", como aquilata Júdice, ouviu e leu muitas vezes de si, nos tempos de deputado do PCP: "Que pena ser comunista".
O deputado do PS Osvaldo Castro, amigo muito próximo que o conhece desde os tempos do PCP e o acompanhou na dissidência, di-lo "ensimesmado", alguém que "se esconde um pouco" e cuja exposição pública, por exemplo no programa da TVI24, onde só participou num debate, "tem de ser arrancada a ferros". Albano da Silva Pereira, director dos Encontros de Fotografia de Coimbra e notório bon vivant, vê-lhe "uma armadura". A armadura que guarda do público o outro Vital. Por exemplo "o amante da fotografia", que chegou a ter (ainda terá?) um laboratório em casa e que desde os anos 80, quando Albano o conheceu, se aperfeiçoou numa arte cujo amor terá "apanhado" do irmão da actual mulher, Maria Manuel Leitão Marques. "O António Leitão Marques, irmão da Maria Manuel, médico aqui de Coimbra, já fazia fotografia. Creio que foi com ele que a coisa começou." Vital, que costuma postar fotos suas no blogue Causa Nossa (causa-nossa.blogspot.com) - que criou em 2003 com Ana Gomes, Vicente Jorge Silva, Luís Nazaré, Luís Osório e Maria Manuel como prolongamento de uma tertúlia que reunia em jantares no restaurante Casa Nostra - sob o título "lugares de encanto" já expôs no Centro, numa colectiva. "Creio que eram fotos de Angola, a preto e branco. Ele trabalha muito as coisas, estuda muito. É um perfeccionista na fotografia como em tudo. Há nisso uma certa rigidez que tem a ver com a linha ortodoxa, cristalizada, da militância comunista. Pelo menos é o que eu acho."
Quase insuspeito este Vital, que só em perfis - poucos - do final dos anos 80 assumiu a paixão pela fotografia, que escreveu um livro sobre a paisagem na obra do romancista e poeta Carlos de Oliveira (Paisagem povoada: a Gândara na obra de Carlos de Oliveira, 2003) , que fez a sua tese de doutoramento, em 1996, sobre a casa do vinho do Porto (e que os amigos garantem um grande apreciador de vinho, sobretudo da Bairrada, e do leitão da mesma zona - a sua) e cujo fascínio por Shakespeare e pelos clássicos anglo-saxónicos o fez decidir, no fim do liceu, seguir Germânicas. O Vital que, ao avesso da caracterização monolítica, foi capaz de mudar de ideias e se inscrever em Direito por causa de uma conversa. "Sou um jurista acidental. Estava na fila de inscrição na faculdade, em Setembro de 1962, e ao meu lado estava o Manuel Alberto Valente (hoje na Porto Editora). Começámos a falar, e como não fomos atendidos nesse dia fomos jantar e acabámos por arranjar um quarto para ficar. E ele convenceu-me a ir para Direito. Comecei a estudar literatura inglesa mas acabei jurista..." Seria o outro que não faria Direito: ele acabaria um dos mais notáveis juristas portugueses. Sorri. "Os acasos acertam."
Ou isso ou um penchant pelo jogo, pelos instantes decisivos. Capaz de arriscar tudo num momento mas também de mandar tudo ao ar pelas suas convicções - como quando após a revisão constitucional de 1982, não se revendo nas opções do partido, largou o lugar de deputado comunista e voltou à academia, para ser pouco depois escolhido para o elenco do Tribunal Constitucional. Como quando desafiou Cunhal abandonar a direcção do partido, em 1990 ou, asseveram os amigos Osvaldo e Raimundo Narciso (outro dissidente), "dirigiu" as dissidências dos anos oitenta e noventa, incluindo a de Zita Seabra, em 1988 ("A Zita era uma criatura dele. Enquanto no PCP e na saída"). Como quando na revisão constitucional de 1997, convidado por Guterres para dirigir os trabalhos da bancada socialista (tinha sido o primeiro suplente por Coimbra às legislativas de 1995) mas sentindo que o processo não estava a ser transparente, mandou o PS às urtigas, para romper definitivamente com a direcção guterrista devido à sua posição no aborto e dizer hoje "o guterrismo foi um grande falhanço com pequenas excepções".
"Sou como o jogador de xadrez que não consegue estar diante do tabuleiro: ou joga ou vai-se embora! Eu joguei". A frase tem 29 anos mas encaixa no momento em que o autodenominado freelancer aceitou o convite para cabeça de lista do PS às europeias. "Foi-me apresentado um argumento convincente: o de deixar de passar de treinador de bancada para o campo." A decisão, tomada menos de um dia antes do anúncio, foi segredo até ao fim. Osvaldo Castro esperava outro nome e até saiu do congresso mais cedo. "Tinha um jantar no Porto, deram-me a notícia pelo telefone."
A frase é, pois, antiga - de um homem então com 37 anos, franja densa como hoje (então escura) e grandes óculos de massa, nascido em 1944 em Vilarinho do Bairro, Anadia, um de três filhos de uma agricultora "que acabaria doméstica" e de um comerciante ambulante. O homem que confessa ter sentido muito tempo "falta de atracção pela política concreta", realizando-se naquilo que chama "acção política intelectual", inciada nos anos 60 como colaborador da revista Vértice; que recusou dois convites para o Comité Central do PCP mas aceitou ser cabeça de lista por Aveiro às legislativas, fazendo campanha sozinho, de megafone no seu carro, e arrebatando o primeiro lugar para o PC no distrito ("um one man show", diz). O homem que o 25 de Abril surpreendeu em Londres, a fazer o doutoramento (só terminado 22 anos depois) e que diz não fazer normalmente inimizades políticas por "nunca atacar as pessoas, mas sim as ideias"; que acumulou funções de grande dignidade jurídica (desde a direcção de um mestrado em Direitos Humanos, em Veneza, à integração numa comissão de peritos independentes para a Carta dos Direitos Fundamentais daUE) e dá aulas em várias universidades, mas recusa usar as insígnias dos catedráticos, os chamados " capelo e borla" por as achar "ultrapassadas e ridículas" - e a quem o amigo Osvaldo pergunta: "Vale a pena andares nessa guerra?"
Vital Martins Moreira, 64 anos, acha que sim. Essa, a do capelo e borla, e muitas outras. O velho cavalo, como se apelidou em 1982 no regresso ao parlamento, voltou à corrida. Veremos se, como na altura ajuizou, dará de novo "boa conta de si".

abril 15, 2009

El Grito de Yara

En la noche del 9 al 10 de octubre de 1868, en el ingenio La Demajagua, se inició la Guerra de los Diez Años. Allí Carlos Manuel de Céspedes y del Castillo dio a conocer, en el "Manifiesto de la Junta Revolucionaria de la Isla de Cuba", las ideas y los fines del movimiento revolucionario que buscaba la independencia de Cuba basado en la igualdad de todos los hombres, blancos o negros, cubanos o españoles, mantenida por el Padre Félix Varela al defender la abolición de la esclavitud.
La bandera que enarboló Carlos Manuel de Céspedes estaba inspirada en la de
Chile. Fue confeccionada por Candelaria Acosta (Cambula), pero la estrella fue dibujada por Emilio Tamayo. Esta bandera fue utilizada en Oriente como la bandera de la nueva República en Armas hasta que en la Asamblea de Guáimaro se adoptó la de Narciso López.
La idea inicial de Carlos M. de Céspedes, desde ese momento ya Padre de la Patria, era tomar la ciudad de
Manzanillo, no sólo por la cercanía al lugar del pronunciamiento, sino, por la importancia de la plaza; sin embargo, la pérdida del factor sorpresa, la falta de experiencia marcial de los complotados y la carencia de armas de fuego, le hicieron desistir de la idea. No obstante, como prueba irrecusable de la intención queda para la historia la composición por parte del mismo Céspedes de la Marcha a Manzanillo, himno patriótico con el cual pensaba soliviantar el espíritu público de los manzanilleros cuando tomara la plaza y la firma del Manifiesto de la Revolución, rubricado en Manzanillo y no en el lugar donde ciertamente se verificó y juró: el ingenio Demajagua.
Después de terminada la reunión convocada por Carlos Manuel de Céspedes en La Demajagua y ante la imposibilidad de tomar la portuaria ciudad de Manzanillo, los revolucionarios -en un número aproximado de 600-, deciden marchar hacia Sierra de Naguas con el objeto de aumentar las fuerzas insurgentes; sin embargo, a su paso por el poblado de
Yara son dispersados por una columna española proveniente de Bayamo. El comienzo de la Guerra de los Diez Años se ha identificado con Yara debido precisamente a que mientras la reunión y planteamientos realizados en La Demajagua pasaron inadvertidos inicialmente, la derrota de los insurrectos en el asalto al pueblo de Yara al serle comunicada al Capitán General fue lo que recogió la prensa de La Habana y Madrid.



Bandera de la Demajagua, usada por primera vez durante el grito de Yara

Pôr do Sol em Cuba (Varadero)