"Malaposta na História"
Modelo português da Malaposta de 1854[Photo]A descrição inserida no título do blog é necessariamente resumida.Malaposta será, em rigor, uma palavra composta ou hifenizada: Mala-Posta. Mas, como acontece com muitas outras palavras (quem não se lembra, por exemplo, de cincoenta que passou a cinquenta e quatorze a catorze), a Mala-Posta "modernizou-se" e passou a ser Malaposta. Quem circula pela IC2/N1 no sentido norte-sul, 200 metros antes de entrar para o parque automóvel do restaurante "Pompeu dos Frangos", muito perto da primeira (onde se situa o "Pedro dos Leitões") das dez polémicas rotundas seguidas da Mealhada, existe um marco sinalizador de localidade, onde se lê: Malaposta. Assim, sem hífen. É evidente que, no sentido sul-norte e à mesma distância do "Pompeu", num cruzamento semaforizado, lá se encontra idêntica placa.O Pompeu dos Frangos ocupou, há mais de 44 anos, as instalações que foram uma importante estação da Malaposta, adaptando-as a restaurante. Parte do grande edifício, na entrada e nos anexos do parque, ainda é possível descortinar sinais de antiguidade. Nas paredes encontram-se vários paineis em azulejo, com gravuras das diligências, cenas da lavagem dos cavalos, os passageiros e suas bagagens, as malas do correio e, numa das gravuras, a descrição mais sucinta (em letra da época, floreada): A Jornada, A Ceia, A Muda, A Pernoita. Possuo mais material que me foi disponibilizado pelo actual proprietário do Pompeu dos Frangos, Carlos Aires (desde há 44 anos, tendo sucedido a seu pai), material esse que, com outro recolhido da Internet, servirá para ir alternando a descrição do blog.Já me dei ao trabalho de consultar a Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, cuja descrição é muita extensa mas também complexa, no sentido em que "diz-se que diz-se", nomeadamente quanto a datas. Por outro lado, não faltarão publicações históricas sobre o primeiro "veículo" que conseguiu a proeza de ligar Lisboa ao Porto. Entretanto, por mero acaso (e já não estou seguro de ter sido a partir do Letras Com Garfos) encontrei um post intitulado A Chegada da Malaposta (ao Porto), posted by Joaquim, titular do blog Debaixo da Ponte. Tal post insere uma reconstituição a óleo dum modelo português da Malaposta de 1798 e uma peça histórica, "A Chegada da Malaposta" por José Manuel Lopes Cordeiro, datada de Domingo, 10 de Outubro de 1999. Haverá outras versões, as datas não são rigorosas (foram os romanos que começaram a construir a estrada, a Malaposta ia acompanhando o ritmo, houve paragens na obra, só de Lisboa a Coimbra demorou 9 anos, mais 6 até chegar ao Porto e os assaltos à mão armada sucediam-se, pelo Guedelhas, Zé Pequeno, João Brandão, Zé do Telhado e outros, de tal modo que os passageiros mais previdentes não enfrentavam a viagem sem deixarem testamento!...)A imagem supra corresponde ao modelo português da Malaposta de 1854. Possuo em arquivo modelos das Malapostas francesas, belgas e inglesas - mas não são aqui chamadas, não só porque não querem entrar juntamente com as portuguesas, mas, essencialmente, porque o que nos interessa é a nossa Malaposta!
publicada por a.castro às 0:12 a 15/Set/2009
Modelo português da Malaposta de 1854[Photo]A descrição inserida no título do blog é necessariamente resumida.Malaposta será, em rigor, uma palavra composta ou hifenizada: Mala-Posta. Mas, como acontece com muitas outras palavras (quem não se lembra, por exemplo, de cincoenta que passou a cinquenta e quatorze a catorze), a Mala-Posta "modernizou-se" e passou a ser Malaposta. Quem circula pela IC2/N1 no sentido norte-sul, 200 metros antes de entrar para o parque automóvel do restaurante "Pompeu dos Frangos", muito perto da primeira (onde se situa o "Pedro dos Leitões") das dez polémicas rotundas seguidas da Mealhada, existe um marco sinalizador de localidade, onde se lê: Malaposta. Assim, sem hífen. É evidente que, no sentido sul-norte e à mesma distância do "Pompeu", num cruzamento semaforizado, lá se encontra idêntica placa.O Pompeu dos Frangos ocupou, há mais de 44 anos, as instalações que foram uma importante estação da Malaposta, adaptando-as a restaurante. Parte do grande edifício, na entrada e nos anexos do parque, ainda é possível descortinar sinais de antiguidade. Nas paredes encontram-se vários paineis em azulejo, com gravuras das diligências, cenas da lavagem dos cavalos, os passageiros e suas bagagens, as malas do correio e, numa das gravuras, a descrição mais sucinta (em letra da época, floreada): A Jornada, A Ceia, A Muda, A Pernoita. Possuo mais material que me foi disponibilizado pelo actual proprietário do Pompeu dos Frangos, Carlos Aires (desde há 44 anos, tendo sucedido a seu pai), material esse que, com outro recolhido da Internet, servirá para ir alternando a descrição do blog.Já me dei ao trabalho de consultar a Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, cuja descrição é muita extensa mas também complexa, no sentido em que "diz-se que diz-se", nomeadamente quanto a datas. Por outro lado, não faltarão publicações históricas sobre o primeiro "veículo" que conseguiu a proeza de ligar Lisboa ao Porto. Entretanto, por mero acaso (e já não estou seguro de ter sido a partir do Letras Com Garfos) encontrei um post intitulado A Chegada da Malaposta (ao Porto), posted by Joaquim, titular do blog Debaixo da Ponte. Tal post insere uma reconstituição a óleo dum modelo português da Malaposta de 1798 e uma peça histórica, "A Chegada da Malaposta" por José Manuel Lopes Cordeiro, datada de Domingo, 10 de Outubro de 1999. Haverá outras versões, as datas não são rigorosas (foram os romanos que começaram a construir a estrada, a Malaposta ia acompanhando o ritmo, houve paragens na obra, só de Lisboa a Coimbra demorou 9 anos, mais 6 até chegar ao Porto e os assaltos à mão armada sucediam-se, pelo Guedelhas, Zé Pequeno, João Brandão, Zé do Telhado e outros, de tal modo que os passageiros mais previdentes não enfrentavam a viagem sem deixarem testamento!...)A imagem supra corresponde ao modelo português da Malaposta de 1854. Possuo em arquivo modelos das Malapostas francesas, belgas e inglesas - mas não são aqui chamadas, não só porque não querem entrar juntamente com as portuguesas, mas, essencialmente, porque o que nos interessa é a nossa Malaposta!
publicada por a.castro às 0:12 a 15/Set/2009
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