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março 08, 2007

Tintin

Portugueses nas aventuras de Tintin

Portugal marca presença na obra de Tintin. O nosso mais ilustre representante os livros de Tintin é, indiscutivelmente, o lisboeta Oliveira da Figueira, vendedor nato e “fala barato” que Hergé integrou em três álbuns (em “Os Charutos do Faraó”, “Tintin no País do Ouro Negro” e “Carvão no Porão”).
Oliveira da Figueira, que se estreia nos álbuns de Tintin em “Os Charutos do Faraó” e que chega a salvar Tintin em apuros na aventura “Carvão no Porão” (oferecendo não somente a Tintin mas a também a Haddock os disfarces que lhes permitirão sair da cidade e ir ao encontro do Emir Bem Kalish Ezab), é um comerciante conhecido por vender tudo e mais alguma coisa, designadamente, objectos inúteis ou não necessários para os seus compradores. Os seus dotes de persuasão são tais que nem as “vítimas/clientes” notam, Tintin, incluído! Basta olhar para esta prancha extraída de um álbum editado em língua espanhola: “Felizmente não me deixei ir na conversa dele. A tipos como este, acaba-se, sempre por comprar uma data de coisas inúteis”.
Na verdade, sempre apetrechado com tecnologia para vendas, Oliveira de Figueira até no deserto venderia areia!!


Hospitaleiro, Oliveira da Figueira logo que reconhece Tintin afirma que é preciso celebrar o acontecimento e serve “um copo de vinho de Portugal, do sol do meu país”, nas suas próprias palavras.
Oliveira da Figueira é ainda um óptimo contador de histórias, aspecto que se revelará decisivo para Tintin lograr entrar na casa do professor Smith (que não é outro senão o Dr. Müller, vilão de “A Ilha Negra”) enquanto Oliveira da Figueira delicia os presentes com a narrativa de uma tragédia inventada in loco sobre o seu pseudo irmão que gostava de caracóis.

Portugal surge ainda na rota de Tintin através de um professor de Física da Universidade de Coimbra de seu nome Pedro João dos Santos (mencionado em “A Estrela Misteriosa” como membro da expedição científica composta por eminentes sábios europeus parta a exploração de um aerólito nos mares árcticos). Outra referência portuguesa em Tintin é o jornal “Diário de Lisboa” (entretanto extinto), cujo representante (in “Tintin no Congo”) procura, ainda que sem êxito, disputar o jovem repórter à tutela do “Vingtième Siècle”.
(http://www.c7nema.ws/bd97/modules.php?name=Sections&op=printpage&artid=37)