Debaixo da Ponte
Textos relacionados com os 'posts' do Ponte da Pedra
maio 26, 2014
novembro 28, 2013
Conversa de Santiago
Camaradas:
É tal como o guião para reforma do Estado! Quatro candidatas datas, qual preferem? Esta, aquela, aqueloutra e ainda uma outra. Solução referendada, tal como nas verdadeiras democracias. Pensa bem, consulta o oráculo, testa o feng-shoi, então e o compromisso com a sogra ou a audição de piano do neto. Como vamos de meteorologia, joga o Sporting, fala o Sócrates ou o Marcelo, há greve na restauração, onde janta a Intersindical?
Segue-se a votação, claramente livre. Apuramento dos resultados, expectativa, tratamento estatístico, média, mediana, desvio padrâo, segunda derivada, margem de erro.
Finalmente resultados! Surpresa, desolação, revolta, vocifera o Soares, manda-se ao Tribunal Constitucional, uma quinta candidata data prevaleceu! Porquê, quem, qual, onde, quando, donde????
Conferência de imprensa às 08.08 da matina de quinta feira: fala o chefe rodeado dos acólitos do costume "como resultado blá, blá,........blá", a data escolhida é 18 por causa da troika!
Há que aplaudir e dar os parabéns para um tão imaginativo chefe.
Saudações
Santiago
setembro 18, 2013
abril 02, 2013
fevereiro 26, 2013
fevereiro 20, 2013
Grândola, a caminhada de um poema
Zeca Afonso deslumbrou-se com Grândola, onde conheceu Carlos Paredes e fez um poema à terra.
Domingo, 17 de Maio de 1964. A Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense, na continuação dos festejos do seu 52.º aniversário, promove "um espectáculo de fino gosto musical com que deliciará o público". Na primeira parte, o guitarrista Carlos Paredes, acompanhado à viola por Fernando Alvim, e não, como anunciado no cartaz, pelo ciclista Júlio Abreu. Depois dele, o "Dr. Zeca Afonso", descrito como um "inovador" com "belas e estranhas baladas".
Era impossível sabê-lo então, mas aquele concerto em Grândola foi uma data marcante para José Afonso. Foi ali que conheceu Carlos Paredes e se impressionou com o seu talento. E foi o contacto com a colectividade e o convívio com os grandolenses que o inspirou a escrever um poema de homenagem à cidade. Quatro dias depois do concerto, remeteu-o a um dos dirigentes da colectividade. Tratava-se, como não será difícil adivinhar, de “Grândola Vila Morena”.
Passos no saibro do castelo
Sete anos depois, o poema vagueava pela Normandia, um entre os que seriam seleccionados para o novo álbum de José Afonso. No Strawberry Studio, montado num castelo em Herouville e por onde tinham passado os Pink Floyd e os Rolling Stones, José Afonso, que contava pela primeira vez com a direcção musical de José Mário Branco, gravava “Cantigas do Maio”.
Disco maior na história da música portuguesa, abrindo-a a novas influências e nova instrumentação, teve no seu centro uma canção despojada a nada mais que vozes e ritmo marcado por passos arrastados.
“Grândola Vila Morena”, que desde 1964 tinha perdido uma estrofe ("Capital da cortesia / Não se teme de oferecer / Quem for a Grândola um dia / Muita coisa há-de trazer") e ganho outra ("À sombra de uma azinheira / Que já não sabia a idade / Jurei ter por companheira / Grândola, a tua vontade"), transpôs para som a homenagem do poema.
Como descrito no livro “José Afonso - O Rosto da Utopia”, de José A. Salvador, José Mário Branco sugeriu que fosse cantada à moda dos coros masculinos alentejanos, com cada quadra repetida por ordem inversa dos versos. Como acompanhamento, o som de pés arrastando-se pelo chão, aquele que os membros dos coros produziam no balanço que lhes marca o cantar.
Eis então, numa madrugada de Outubro de 1971, José Afonso, José Mário Branco, o guitarrista Carlos Correia (Bóris), Francisco Fanhais e restante equipa, "armados" com oito microfones, caminhando sobre o saibro que rodeava o castelo.
O poema tornava-se canção e, três anos depois, a canção tornava-se senha. Os passos gravados num castelo francês já eram outra coisa. A marcha dos militares no dia 25 de Abril.
A letra
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade
Dentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada esquina um amigo
Em cada rosto igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto igualdade
O povo é quem mais ordena
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola a tua vontade
Grândola a tua vontade
Jurei ter por companheira
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Texto publicado na edição impressa de 25 de Abril de 2010 do Público
dezembro 10, 2012
dezembro 07, 2012
Roteiro de viagens da família
Paris/Eurodisney - Março/Abril 2007
Salvador - Março 2008
Madeira - Junho 2008
Douro - Setembro 2008
Guimarães/Santiago de Compostela - Dezembro 2008
Cuba (Havana/Varadero) - Abril 2009
Roma - Outubro 2009
Istambul - Dezembro 2009/Janeiro 2010
Barcelona/Port Aventura - Abril 2010
dezembro 05, 2012
Até ao Verão - a letra
Até ao Verão
Deixei
na Primavera o cheiro a
cravo
rosa e quimera que me
encravam na memória que inventei
e andei
como quem espera
pelo fracasso
contra mazela em corpo de
aço
nas ruelas do desdém
e a mim que importa
se é bem ou mal
se me falha a cor da
chama a vida toda
é-me igual
vi sem volta
queira eu ou não
que me calhe a vida
insane e vossa em boda
até ao verão
deixei na primavera o som
do encanto
riça promessa e sono santo
já não sei o que é dormir
bem
e andei pelas favelas
do que eu faço
ora tropeço em erros
crassos
ora esqueço onde errei
e a mim que importa
se é bem ou mal
se me falha a cor da
chama a vida toda
é-me igual
vi sem volta
queira eu ou não
que me calhe a vida
insane e vossa em boda
até ao verão
Marcia Santos
outubro 17, 2012
setembro 25, 2012
setembro 20, 2012
novembro 08, 2011
setembro 28, 2011
maio 09, 2011
abril 08, 2011
agosto 26, 2010
julho 13, 2010
julho 09, 2010
julho 01, 2010
junho 27, 2010
junho 24, 2010
junho 23, 2010
junho 21, 2010
junho 18, 2010
junho 17, 2010
junho 02, 2010
junho 01, 2010
maio 27, 2010
maio 26, 2010
maio 21, 2010
maio 20, 2010
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